* Katiana Pereira
Jovens encantados pela atividade jornalística têm muitas coisas em comum. A sede de aventura, a vontade de mudar o mundo, o amor pela leitura, o fascínio pela televisão. E grande maioria quer ser William Bonner e Fátima Bernardes.
Quando um jovem estudante ingressa na faculdade de jornalismo vem na sua mente milhões de experiências que o meio pode trazer. Escrever artigos, fazer programas de rádio, apresentar telejornais, produzir documentários, escrever em revistas, editar sites. São muitas as atividades possíveis. Em geral, nas boas faculdades, atividades desse teor são desenvolvidas ainda na academia. Infelizmente a realidade local é outra.
O que o jovem estudante não pensa, mas acaba se acostumando é que a censura, ela é ensinada sim na academia. Repito, nos bancos da academia de Comunicação Social com ênfase em “Jornalismo” é ensinada a censura. O pior e mais vil tipo de moldar o pensamento humano. O teatro de fantoches ganha de qualquer apresentação das grandes companhias.
A FASIPE promoveu um “debate” com candidatos para deputado federal, no dia 27 de setembro. Apenas um candidato compareceu e o debate aconteceu. O outro candidato não compareceu por ter outros compromissos na agenda.
As perguntas elaboradas pelos acadêmicos foram aceitas depois de passar pelo crivo da diretoria da instituição e assessoria do tal candidato que apareceu por lá. Detalhe que o candidato opositor apenas recebeu um convite, não foi avisado de toda essa mamata de perguntinhas ensaiadas.
O político que concorria ao o cargo de deputado federal, Nilson Leitão, que foi eleito, estava cheio de pompa e mostrando surpresa com o teor das perguntas. Como se não tivesse as lido antes. As respostas estavam na ponta da língua, nem um risco de erro.
O pior em toda a história de horrores, é que os muitos acadêmicos estavam felizes com a cena. Foi uma grande encenação de ambas as partes, o candidato fingindo que é sabatinado e os alunos de jornalismo fingindo que cumprem o papel de olheiro da sociedade.
Para fechar com chave de outro o artigo lembro um fato que chamou a atenção de alguns questionadores no evento. Abaixo do palco onde iria sentar o candidato estava estirada no chão o maior símbolo da nação brasileira, a Bandeira Nacional. Quando o “sabatinado” pisou o primeiro pé no verde e amarelo já sentiu o gostinho que é estar no poder. É bom que ele se acostume a pisar na bandeira, no povo, nos jornalistas. E por aí vai.
*Katiana Pereira é repórter em Sinop
* Os artigos de opinião não refletem necessariamente a opinião do blog.
Primeiramente ñ foi Debate e Sim Rodada d Entrebistas. Ambos receberam a programação do evento, inclusive sobre como seriam feitas as perguntas que foram formuladas por acadêmicos. Quanto Ao símbolo da Pátria, era apenas um tapete (Sem estrelas e sem o Ordem e Progresso), assim sendo, entende-se q Tapetes são para Pisar, independente do modelo! Há uma rua na cidade por nome CEDROS q tem uma bandeira imensa desenhada e muitas pessoas passam por lá seja a pé ou com veículos, ora, estariam essas pessoas tbm sendo "anti-patriotas"??Um bom jornalista procura checar todas as informações antes de escrever "asneiras"!!
ResponderExcluirColega Fernanda,
ResponderExcluirOs artigos de opinião são para ter "opinião"!
E eu manifestei a minha, gostaria que a respeitasse. Da mesma forma que respeito a sua. Inclusive a de ceder o seu tapete, para a rodada de entrevista. Tapete esse que, na sua opinião não representa a bandeira. Como boa jornalista que sou, chequei todas as informações. Falei com a assessora de imprensa do outro candidato, que me confirmou que receberam apenas um convite para a rodada de entrevistas, que só teve uma roda.
Continuando a reflexão anterior, gostaria de lembrar que estudamos semiótica para compreender o valor dos símbolos e o que eles representam.
ResponderExcluirCreio que, caso no tapete estivesse uma representação de Jesus, Nossa Senhora, etc...a reação seria diferente, acontece que não sabemos como Jesus era, muito menos Nossa Senhora, mas aceitamos a representação.
A Bandeira Nacional, com suas cores fortes e formas geométricas são reconhecidas pela nação e instituídas por leis. Ela é um símbolo, que pode ser feita de fuxico, de macarrão colorido, mas não deixa de representar a bandeira.
Infelizmente a bandeira é um símbolo que se perdeu. Nas guerras passadas, quando um povo lutava pela liberdade, ou por melhores condições de vida a bandeira era o maior símbolo, que representava a ideía de um povo, de uma nova sociedade.
Hoje nos "confrontos" dos novos líderes ela é usada como capacho para limpar os pés, ou combinar com o cenário.
Somos sábios o suficiente para respeitar opiniões, porém, enquanto 2 ou 3 deixam de seus afazeres para colaborar com o projeto e fazê-lo na maior boa vontade (inclusive cuidando dos detalhes da decoração),outros fazem questão de comparecer somente para CRITICAR. Um cenário bem montado faz a diferença sim, além do mais, não se decide sobre a aplicação dos direitos fundamentais consultando a opinião pública, cada um é responsável pelos seus atos e dizeres!!
ResponderExcluirE BOM TRABALHO A TODOS...TENHO MAIS O Q FZER...RSS
ResponderExcluirIncrível a maneira como você Katy, expressou essa deficiência que há entre a grande maoiria dos estudantes. É preciso dizer que este não é um fato isolado, se pegarmos o resultado dos exames de alguns concursos públicos e vestibulares pelo Brasil a fora ficaremos estarrecidos. Parece que os jovens não têm mais opinião formada sobre nada. Parece que há uma alienação em prol da "concordãncia", "o que está bom para os outros está bom para mim", dá a impressão que pensam assim.
ResponderExcluirEu já participei de várias entrevistas como assessor de imprensa, acompanhando alguns políticos ou empresários e é de assustar com algumas perguntas elaboradas por formandos ou recém-formados. É preciso haver uma mudança de comportamento e esta mudança só será possível com artigos assim, como o seu, que mostra o erro, a falha, que fazem a denúncia, que abra os olhos deste jovens, que se prestarem atenção, estarão amanhã escrevendo bons artigos e fazendo boas reportagens. Parabéns!
Concordo com a Fernanda!
ResponderExcluirNa hora de fazer ninguém aparece, mas na hora em que está feito, aparece um monte de gente pra botar defeito.
Agora, a minha opinião á respeito da informação que a Katiana recebeu do acessor de imprensa do outro candidato, já era bem esperado que dissesse isso não é mesmo?
Ou, ele diria que não viria por que tinha outros assuntos mais importantes para tratar, do que ficar falando e falando com um monte de jovens? rsrs
Afinal o publico alvo de candidatos não são os jovens, ainda, mais sim a massa. rsrsrs (e eu nem gosto do candidato que compareceu).
E meu, vocês reclamam de tudo, que verdadeiro pé no saco fica as vezes, sabia?
Todos merecem atenção, mas assim, chama a atenção de todo mundo, menos de quem se espera, por que ficam estas discuções entre vocês, e torna-se algo cansativo pra que lê.
Acredito que existem outras coisas mais coerentes para serem ditas e apreciadas.
Att
Gabriela Bezen