O BRASIL é o 73º com melhor IDH de mais de 160. Fica atrás de Irã, mas na frente da China. e na educação, a média é de 7,2 anos na escola.
Esse é o ponto que quero chegar. Todos que fazem um curso superior, conseguem um feito muito acima da média do país. Portanto, aos acadêmicos de Jornalismo da Fasipe, sintam-se privilegiados, pois vocês têm condições de sobra para se destacarem no mercado de trabalho.
Quem dera se todos problemas de educação fosse somente deixar mais tempo na escola, já que a maioria de vocês teriam 15 anos de estudos e, portanto, seriam verdadeiros sábios jornalistas.
Pude vivenciar com a turma de Jornalismo a luta de fazer esse tempo na faculdade valer a pena. Foram 20 meses tentando aproximar a necessidade do bom ensino e a necessidade do lucro da Cnec/Fasipe. Única coisa que é certa: se não há reivindicações e diálogos, a situação piora (não digo que não fica nem na mesma situação).
Poderia citar vários exemplos que só viraram sucesso porque tinha alguém cobrando/reivindicando, mas isso fica para um próximo post. O importante é que a situação de ensino pode e deve ser melhor. Gostei da iniciativa do blog, mas será que isso soe uma falta de educação para os demais?! Falta de educação se tem quando todos se aquietam.
Lembro das repercussões do debate que acompanhei à distância. Para aqueles que acham que não tem censura, lembro o sociólogo Bourdieu que discuti com a turma, a tal censura invisível, principalmente a política e econômica. Se não falo o que penso porque vou ser demitido é censura sim, se falo só porque meu patrão quer em detrimento ao que observei ou pensei, é censura também. Censura é igual controle, se algo ou alguém tem controle, tem poder de censura.
Como não estive no debate, faço as seguintes questões: Quem sugeriu o debate? Que interesses teria no debate? Como alcançar os objetivos através do debate? Como evitar resultados inesperados? Comparo com a iniciativa do curso de direito de uma faculdade particular em Barra do Graças. Eles promoveram o debate para Governador (e não só para dep. estadual da cidade) em parceria com OAB, CDL e outras (não num espírito exclusivista e autopromotor).
O curso de Jornalismo fez o seu papel, porém, dentro de um maior, a promoção do candidato Leitão aos 700 alunos da instituição, conforme desejado pelos gestores da faculdade. Por que não fazer com candidatos a estadual ou ao governo?
Há momentos, como esses, que os interesses não são conflitantes para aqueles que já iam votar e a campanha eleitoral via Fasipe do candidato. Quando há situações de conflito, quem tem mais condições de defender seus interesses se sobrepõe.
Sinop já tem um bom nível de profissionais de imprensa em relação ao Estado de MT e também não é ruim em professores para o curso, mas há muito que aprimorar com experiências de pesquisa, ensino e extensão, como atividades laboratoriais, interação com a sociedade, iniciação científica e capacitação/reciclagem em si. Para isso servem as reivindicações.
Faz dois meses que estou na UFMT de Barra do Garças. Já fui cobrado para estruturar o laboratório audiovisual, para organizar a Semana de Comunicação e provavelmente coordenarei o curso no ano que vem. A responsabilidade que tenho assumido é porque já vi como foi bom tentar "fazer acontecer". Houve cobranças no começo, meio e fim da minha experiência e eram elas que me serviam de guia para procurar solucionar ou/e ter respaldo nas instâncias superiores.
Espero ainda trocar muitas experiências com essa turma de Jornalismo, pois são essas trocas que nos ensinam algo que o cotidiano exige e, se não tivermos como corresponder, outros melhores estão. Lutem pelo melhor, sejam os melhores e não deixem só os outros decidirem o que é melhor para vocês.
Abraços a todos do curso.
Leandro Wick
Mestre em Comunicação Social e ex-coordenador do curso de Jornalismo.
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