quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Para refletirmos

Começo a concordar com o ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, cujo voto foi fundamental para dispensar a obrigatoriedade de diploma para ser jornalista. O texto abaixo, publicado no G1, nesta quinta-feira (25), corrobora com isso. Também traz à tona alguns debates na sala da Fasipe, principalmente nas aulas do professor Miguel, de que é preciso se reiventar, melhorar o texto, ousar mais, se aprofundar no assunto, pois o óbvio qualquer um faz.

Leia o texto enviado por um internata que mora no bairro da Penha, no Rio de Janeiro, quando da invasão do Bope. Ele relata a passagem de um tanque blindado, da Marinha, levando os policiais. Se ele coloca na terceira pessoa, torna-se um texto de repórter como qualquer outro.

Vejam que tem as respostas das perguntas: o que, onde, quando, como, porque. Com mais alguns detalhes já seria uma matéria igual a de jornalistas que vemos por aí.


"Moro no cruzamento da Avenida Nossa Senhora da Penha com a Rua São Dionísio, no bairro da Penha, e vi pela janela a movimentação da polícia na Vila Cruzeiro.Por volta das 13h, ouvi um barulho bastante alto e peguei meu celular. Consegui gravar a passagem de um blindado saindo da Vila Cruzeiro.

Desde as 11h30, ouvimos muitos barulhos por aqui, de carros, helicópteros, blindados e tiros. Em vários instantes, acontecem os tiroteios. Muitos moradores da região não saíram de casa. Eu e minha irmã não pudemos ir trabalhar por causa da operação.

A loja em que eu trabalho fica bem em frente à subida do morro. Então, ela ficou fechada. Algumas pessoas se arriscam e vão para a rua ver a movimentação da polícia, mas é muito perigoso".


Além disso, ele fez um vídeo. Veja aqui:


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