No sábado (6) faz um mês que o blog entrou no ar. Inicialmente partiu de vontade minha, Alexandre Alves. Eu estava descontente com algumas coisas no curso e resolvi me manifestar na internet – que é um espaço livre. Conversei com alguns colegas de sala de aula e recebi apoio, inclusive, para tornar o blog em um espaço de debates entre os acadêmicos de jornalismo.
Não fui conversar com os alunos do 1º e 2º semestres, tão pouco com os do 4º. Pelo incentivo dos veteranos do 6º e 7º, motivados pelos dissabores com o curso de jornalismo da Fasipe, resolvi abastecer o Jornal Cabala diariamente. Os colegas de sala contribuíram com textos. Então o blog “bombou” e, neste momento, entendo que não tenho mais “poder” sobre o blog. O Jornal Cabala é, sim, um espaço de expressão dos acadêmicos de jornalismo em Sinop. No dia em que não posto nada, me cobram.
As postagens começaram a surtir efeito e outros acadêmicos se reconheceram nos problemas relatados até aqui. Problemas de toda a natureza, mas principalmente de ordem burocrática, disciplinas incompatíveis com curso de jornalismo, falta de seriedade com os acadêmicos, constrangimentos nos dias de prova por causa do departamento financeiro, atividades extra-sala planejadas “de cima para baixo” e outras dezenas de reclamações.
O “estopim” dos veteranos foi aceso no dia em que a coordenadora Neire pediu, em reunião, para que os alunos “não dessem tiro no pé” na reunião com os avaliadores do MEC. Segundo ela, caso abríssemos a realidade do curso para a comissão avaliadora, o curso corria o risco de ser reprovado e os diplomas serem alcançados somente na justiça.
Mas, “a essa altura do campeonato”, não é diploma que nos aflige, pois tal papel enrolado não vale mais nada mesmo. Segundo o Supremo Tribunal Federal (STF), jornalista é igual cozinheiro (com todo respeito aos profissionais do fogão), não precisa de diploma.
Ora, mas porque ainda estamos no curso, pagando a mensalidade em dia? Simples, porque queremos adquirir conhecimento! E pagamos por isso. Nada mais justo que a Fasipe nos dê, em troca da mensalidade que pagamos, a transferência de conhecimento à altura! Não queremos curso “meia boca”.
Por causa dessas cobranças aqui no blog, fomos tachados de “chatos” por alguns novatos do 1º e 2º. Os alunos do 4º estão meio divididos, com uns apoiando o Cabala e outros não. Mas enfim, parcela considerável não está nem aí para o produto que estão comprando. Segundo alguns novatos, “o curso está bom e os veteranos são muito chatos”.
Alto lá! Que conhecimento teórico tais foquinhas tem para saber se o curso está bom? Ainda estão gatinhando na teoria! E na prática? Qual o nível de conhecimento profissional para avaliar a qualidade do curso? Praticamente nenhum.
Ora, mas porque então quem paga para estudar em faculdade, adquirir conhecimento e se preparar para o mercado de trabalho, se “acomoda” com a qualidade questionável do curso? É um bom tema para se investigar. Tenho analisado que acadêmicos de outros cursos da Fasipe e até da Unic também tem problemas idênticos com os do jornalismo.
Mas porque não reclamam? Talvez estejam somente no “oba-oba”, fazendo de conta que estuda para, no final de quatro anos, ter um diploma na mão...Fatal engano, o mercado de trabalho aqui fora é cruel e profissionais medíocres encontrarão portas fechadas.
A verdade dói, mas é essa!
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